O Movimento Sem Teto do Ipiranga luta
pelo direito constitucional à moradia a todos os cidadãos.
A missão do MSTI é sempre lutar
de maneira pacífica pelo direito à moradia digna para todos os cidadãos que se
tornem militantes do movimento. Procura conquistar esse objetivo visando pela
paz, integridade e segurança de todos os militantes e voluntários que se
dediquem à causa do movimento. As ações praticadas são orientadas pela luta
justa e honesta, a fim de garantir o direito de moradia digna, sempre dentro da
Lei, em respeito à Constituição que permite este direito a todos os cidadãos.
O Movimento Sem Teto do Ipiranga
surgiu da parceria entre três amigos que moravam em Heliópolis, e
compartilhavam a necessidade de ter moradia própria. Dessa forma, no dia 05 de
março de 2005, Maksuel José Costa, Paulo Roberto Nunes Viana e Ércio José
Rodrigues decidiram criar um movimento pacífico, com o objetivo de tornar
possível a todos a luta pelo direito constitucional à moradia.
O Movimento dos Sem Teto do
Ipiranga - MSTI foi constituído juridicamente em 12 de maio de 2012 sob o CNPJ
16.523.982/0001-36, com sede localizada na Rua Comandante Taylor, 1221, Sacomã,
São Paulo, SP, CEP 04218-000 e telefone de contato (11) 2219-2254.
Atualmente conta com a
colaboração de aproximadamente 7.000 mil pessoas cadastradas, que participam
das atividades do movimento. Como essa demanda, o MSTI se tornou uns dos
maiores organizadores de lutas e conquistas habitacionais no Ipiranga,
conquistando respeito admiração de autoridades que acreditam que só organizados
é possível conquistar o direto a uma moradia digna.
A metodologia de trabalho do Movimento
Sem Teto do Ipiranga visa à cooperação mútua.
O Movimento Sem Teto do Ipiranga
busca firmar convênios com a prefeitura para construção de moradias, embasados
na Constituição que garante este direito a todos os cidadãos brasileiros. O
movimento procura terrenos para sugerir parcerias em regiões carentes da cidade
e, assim, quando a negociação entre as partes envolvidas é estabelecida, o
grupo tem direito a indicar possíveis mutuários. Os nomes são submetidos pelo
grupo à prefeitura e avaliados segundo os critérios do programa, como renda e
vulnerabilidade social.
Para fazer parte do MSTI, os
interessados precisam participar de um fluxo de contribuição. Uma vez
integrante é necessário frequentar os eventos do movimento em que a participação
gera ganho de pontuação em um ranking interno que define quem será indicado
pelo grupo a programas de moradia popular.
Com aproximadamente 11 mil
filiados, o MSTI usa o sistema de pontos para ordenar essa lista de indicações.
O critério também é adotado por outros movimentos de moradia popular sob o
argumento de que é a única forma de beneficiar quem atua em prol do grupo.
Nesses casos, são pontuados desde participações em reuniões internas, trabalhos
voluntários dentro do acampamento e protestos.
Todos os integrantes são
moradores de Heliópolis e devem ter renda familiar de até três salários
mínimos, alguns são pais de família desempregados, mas a maioria são
trabalhadores. Cada família tem sua própria barraca de acampamento dentro do
terreno onde serão construídas as futuras moradias. Nestas barracas vivem
pessoas com idade entre 25 e 40 anos, 55% são homens e 45% são mulheres, a
presença de crianças e adolescentes é evidente, mas também há um grande número
de idosos. Todos os integrantes contribuem com trabalho voluntário, cada qual
ajuda da forma que lhe é mais conveniente, o espírito de união e trabalho em
equipe é notável.